EMA

A ema, também chamada de nandu ou nhandu (Rhea americana), é uma ave da família Rheidae, cujo habitat se restringe à América do Sul. Apesar de possuir grandes asas, não voa. Usa as asas para se equilibrar e mudar de direção na corrida. Tem a peculiaridade de serem os indivíduos masculinos os responsáveis pela incubação e o cuidado com os filhotes. É considerada a maior ave brasileira.


Taxonomia
A ema foi descrita em 1758 pelo zoólogo sueco Carolus Linnaeus em seu livro Systema Naturae.[2] Há cinco subespécies de emas existentes atualmente, as quais não são facilmente distinguíveis entre si. Contudo, um dos principais traços de distinção é a mancha preta na garganta e a diferença na altura entre as subespécies.

Descrição
A ema é a maior e mais pesada ave do continente americano. Um macho adulto pode atingir 1,70 m de comprimento e pesar até 36 kg. A envergadura pode atingir 1,50 m de comprimento.

Apresentam plumagem do dorso marrom-acinzentada, com a parte inferior mais clara. O macho distingue-se por ter a base do pescoço, parte do peito e parte anterior do dorso negros. Difere do avestruz por não apresentarem cauda e pigóstilo. Também não possuem glândula uropigiana. Ao contrário das demais aves, há separação das fezes e da urina na cloaca; os machos adultos possuem um grande pênis.
Possuem pernas fortes e pés providos de três dedos.

Alimentação
A ema é onívora, e a sua alimentação constitui-se de sementes, folhas, frutos, insetos, moluscos, lagartixas, rãs, entre outros. Caça moscas perto de carne em putrefação. Ingere pedras para facilitar na trituração do alimento.

Vocalização
Durante o período de reprodução, o macho emite um urro forte, ventríloquo e bissilábico, lembrando um bramido de um grande mamífero, como o boi: "bu-úp" ou "nan-dú". Vocaliza até mesmo durante à noite.
Os filhotes emitem assobios melodiosos que lembram o canto do inhambu-relógio.

Reprodução
O período reprodutivo inicia em outubro. O macho reúne um harém de três a seis fêmeas; estas, por sua vez, também mantêm relações com outros machos, havendo, portanto, poliginia e poliandria na espécie.
O macho constrói o ninho em uma depressão no solo, forrando-o com capim. Cada fêmea é capaz de pôr de 10 até 30 ovos. A incubação começa entre cinco e oito dias após as fêmeas terem iniciado a postura e pode durar de 27 a 41 dias. Os ovos eclodem todos no mesmo dia, são brancos, geralmente elípticos, e pesam, em média, 600 gramas. Os que não eclodem são colocados para fora do ninho ou devorados. O macho, responsável por chocá-los, altera frequentemente a posição do ovo, girando uma volta completa (360º) a cada 24 horas. Os filhotes ficam a cuidado do pai e atingem a maturidade sexual em dois anos.

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